sexta-feira, 23 de julho de 2010

CARTA ESCRITA NO ANO 2070


Ano 2070, acabo de completar 50 anos, mas a minha aparência é de alguém de 85. Tenho sérios problemas renais proque bebo pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade. Recordo quando tinha 05 anos: tudo era diferente. Haviam muitas árvores nos parques. As casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro por aproximadamente 01 hora. Agora usamos toalha em azeite mineral para limpara a pele.
Antes, todas as mulheres mostravam as suas formosas cabeleiras. Agora raspamos a cabeça para mantê-la limpa sem água. Antes, meu pai lavava o carro com a água que saia de uma mangueira. Hoje, os meninos não acreditam que utilizámos a água dessa forma.
Recordo que havia muitos anúcios que diziam para CUIDAR DA ÁGUA, só que ninguém dava atenção. Pensávamos que a água jamais poderia terminar. Agora todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados.
Imensos desertos constituiem a paisagem que nos rodam por todos os lados. As infecções gastrointestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte. A indústria está paralisada e o desemprego é dramático.
As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte emprego e pagam os empregados com água potável em vez de salário. Os assaltos por um bojão de água são comuns nas ruas desertas.
Antes a quantidade de água indicada como ideal para se beber era 08 copos de água por dia, por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo de água. A roupa é descartável, o que aumenta gradativamente a quantidade de lixo. Tivemos que voltar a usar as fossas sépticas como no século passado, porque a rede de esgoto não funciona mais por falta de água.
A aparência da população é horrorosa: corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas que já não têm a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Com o ressecamento da pele, uma jovem de 20 anos, parece ter 40.
Os cientistas investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigênio também está degradado por falta de árvores, o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações. Alterou-se o morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos. Como consequência, há muitas crianças com insuficiências, mutações e deformações.
O governo até nos cobra pelo ar que respiramos: 137 m3 por dia por habitante adulto. Quem não pode pagar é retirado das ‘zonas ventiladas’, que estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar. Não são de boa qualidade, mas de pode respirar.
A idade média é de 35 anos.
Em alguns países restam manchas de vegetação com seu respectivo rio que é fortemente vigiando pelo exército. A água tornou-se um tesouro muito cobiçado, mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui não há árvores porque quase nunca chove. E quando chega a ocorrer uma precipitação, é de chuva ácida. As estações do ano foram severamente transformadas pelas provas atômicas e pela poluição da indústria do século XX. Advertiam que era preciso cuidar do meio ambiente, mas ninguém fez caso.
Quando minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem, descrevo o quão bonito eram os bosques. Lhe falo da chuva e das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda água que quizesse. O quanto nós éramos saudáveis!
Ela pergunta-me:
- Papai por que a água acabou?
Então sinto um nó na garganta. Não posso deixar de mim sentir culpado porque pertenço à geração que acabou de destruir o meio ambiente, sem prestar atenção a tantos avisos. Agora, nossos filhos pagam um alto preço...
Sinceramente, creio que a vida na terra já não será possível dentro de muito pouco tempo porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.
Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreenda isto enquanto ainda é possível fazer algo para salvar o nosso planeta Terra.


Texto Publicado na Revista “Crônicas de Los Tiempos”, de Abril de 2002.

sábado, 17 de julho de 2010

visita a PVH






Trabalho realizado pelos alunos do então 1º e 3º período de História das FACULDADES INTEGRADA DE ARIQUEMES. Com intuito de resgata a história do estado de Rondônia na estrada de ferro Madeira Mamoré. Com a palestra do museólogo Dr. Ocampus
Foi constatado pelos acadêmicos o abandono do patrimônio histórico do estado de Rondônia